sexta-feira, 28 de setembro de 2012

CMN prorroga para abril proibição de correspondentes dentro dos bancos

Para BC, correspondentes dentro dos bancos representam 'distorção'.
Aneps avaliou que medida resultará na demissão de 35 mil pessoas.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu, nesta quinta-feira (15), prorrogar de 2 de janeiro para 2 de abril o início da proibição para contratação de correspondentes bancários pelas instituições financeiras para atuação em suas agências ou postos de atendimento, informou o chefe do Departamento de Normas do Banco Central (BC), Sérgio Odilon dos Anjos.
Segundo ele, a prorrogação do início da vigência da medida visa proporcionar um prazo maior para adequação dos bancos e dos seus correspondentes. O BC avalia que a atuação de correspondentes, dentro das instituições financeiras, representa uma "distorção", disse Odilon dos Anjos.
"É uma descaracterização da atividade bancária e de correspondente. Percebemos que é um prazo curto [início em janeiro]. O que está sendo proibido é que fique dentro da agência. Não está proibido de trabalhar para o banco. Não há nenhuma intenção de alterar a medida. Só dar um prazo maior", disse o chefe de Departamento do BC.

Reclamação da Aneps


A Associação Nacional das Empresas Promotoras de Crédito e Correspondentes (Aneps) avaliou, no começo deste mês, que a proibição de atuação dos correspondentes, conhecidos também como "pastinhas", dentro das agências bancárias poderia gerar a demissão de 35 mil pessoas.
"Em uma canetada só o Banco Central vai causar a demissão do equivalente a três montadoras", afirmou o presidente da Aneps, Luis Carlos Bento, no início de dezembro. Atualmente, os bancos contratam prestadoras de serviços para fazer, dentro de agências e postos de atendimento, a oferta de crédito consignado. Os agentes são funcionários dessas promotoras e ganham comissão por operação concluída.
Além das demissões, a Aneps alegou que a maior parte das promotoras contratadas pelos bancos não terá condições de pagar a verba rescisória. Outra consequência da medida, segundo a Aneps, será a queda na concessão desses empréstimos, uma vez que, em sua avaliação, os bancos não terão capacidade de absorver toda a demanda no curto prazo.
Fonte:- G1 - por Alexandro Martello

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