terça-feira, 2 de outubro de 2012

Juros bancários caem para o consumidor, mas tarifas sobem

O Ministério da Justiça e o Banco Central começaram a discutir formas de obrigar os bancos a dar mais informações sobre a cobrança de tarifas.

 
 
O Ministério da Justiça e o Banco Central começaram a discutir formas de obrigar os bancos a dar mais informações sobre a cobrança de tarifas. Elas subiram, para os clientes, na contramão da queda dos juros.
Naquela olhada rápida no extrato, é difícil perceber. Mas a cobrança está lá no meio de tantos números.
“Nem sempre consigo pegar o que eles cobram, às vezes passa batido”, disse um homem.
“Eu tenho conta em três bancos e todos eles dão uma beliscada sempre”, acrescentou outro homem.
E não é pouco. De janeiro a setembro, alguns serviços bancários mais que dobraram de preço.
O valor do pacote básico que dá direito a um número limitado de extratos e saques caiu. Mas quem excede esse limite, paga mais caro.
Para o fornecimento de folhas de cheque, a tarifa subiu 4,5%. O extrato teve alta de 48%.
E na compra de moeda estrangeira com cartão pré-pago, o cliente pagou quase 165% a mais pelo serviço.
Aumentos expressivos justamente no período em que o Banco Central fez cortes na taxa básica de juros. O que obrigou os bancos a cobrar menos pelos empréstimos
“Essa redução da taxa de juros pode sim trazer benefícios pro consumidor que realmente busca credito, mas por outro lado a gente pode começar a perceber um movimento de algum reajuste de tarifação, Muitas vezes o consumidor pode sair prejudicado com a elevação de tarifas e com valores muito altos”, afirmou a Larissa Davidovich, defensora pública - RJ.
O Banco Central regulamenta a cobrança de tarifas. Diz quais serviços podem ser cobrados, mas não os valores. Os preços são definidos pelas instituições financeiras. Se quiser defender o próprio bolso, o consumidor tem que estar atento a tudo o que anda saindo da conta corrente dele.
A Secretaria Nacional do Consumidor quer que os bancos dêem mais informações sobre as tarifas.
“A falta de informação precisa para o consumidor tem gerado desequilíbrios na cobrança. Nós temos pesquisas que mostram que a mesma tarifa, no mesmo serviço, pode chegar de R$ 200 a R$ 5 mil”, disse Juliana Pereira, da Secretaria Nacional do Consumidor.
Naia percebeu que o último reajuste no pacote de serviços foi pesado demais, reclamou e conseguiu o que queria.
“Eles me passaram pra uma opção que era só movimentado pela internet e que eu não pago tarifa nenhuma”, completou Naia.
Fonte:- Globo.com

Nenhum comentário: