segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Bancos espanhóis precisam de 60 bilhões de euros de capitalização



DA REUTERS
A necessidade de capital dos bancos espanhóis é de cerca de 60 bilhões de euros, disse neste sábado (22) o ministro das Finanças espanhol, Luis de Guindos. A quantia foi calculada pela consultoria Oliver Wyman, e o valor está em linha com a primeira auditoria, feita em junho

A cifra está longe dos 100 bilhões de euros oferecidos por uma linha de crédito europeia para recapitalizar o sistema financeiro espanhol, uma ajuda que o ministro disse destinar-se estritamente às necessidades bancárias.
O ministro das Finanças espanhol, Luis de Guindos, diz que os bancos do país precisam de 60 bilhões de euros
 
Quanto a um possível pedido de resgate pela Espanha a seus parceiros europeus, De Guindos insistiu que o governo vai agir "sem pressa", dizendo que apesar de a situação ser difícil, a economia do país não havia registrado "deterioração significativa" no terceiro trimestre em comparação com o anterior.

É a primeira vez que o governo espanhol quantifica resultados de um teste de estresse que será anunciado na próxima sexta. Os resultados dos testes nos 14 principais bancos espanhóis vão servir de referência para se verificar quais instituições financeiras necessitam de dinheiro europeu --e quanto.

De Guindos disse que esses recursos serão de uso estritamente dos bancos e que não haverá excedentes, descartando que o governo espanhol possa vir a usar o dinheiro para estabilizar a economia.

Sobre a especulação persistente de negociações entre Madrid e Bruxelas, de um resgate soberano, o ministro das Finanças recordou a declaração dada ontem pelo ministro das Finanças alemão --que a Espanha não precisa de um resgate-- e reiterou o compromisso de seu governo em reduzir o déficit público e reformar sua economia.

"Estamos a tratar disso, essa é a prioridade", disse De Guindos. "Não é sobre o resgate de Espanha. Em última análise, é o futuro do projeto do euro, um projeto para todos. A Espanha vai fazer tudo o que tem que fazer, sem pressa".

Sobre a retração da economia do país --cujo produto interno bruto caiu 0,4% no segundo trimestre e 0,3% no primeiro--, o ministro espanhol disse que o número do terceiro trimestre "não foi significativamente pior do que o do segundo".
Fonte:- Folha de São Paulo
 

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