quarta-feira, 10 de outubro de 2012

CDB em banco pequeno rende só 19 cafezinhos a mais no ano, será que compensa risco?


      

Nesse Brasil que se cristaliza com um novo perfil de taxa de juros, finalmente, mais baixas, a população está exposta a uma nova realidade de produtos bancários.
A mídia, de forma geral, tem falado diariamente nas novas taxas de crédito diante dos sucessivos anúncios de redução, porém vale refletir como ficam os investimentos feitos nos bancos.
Um dos produtos mais frequentes na prateleira dos gerentes é o CDB, que pode ser entendido como um empréstimo que o cliente faz ao banco em contrapartida de remuneração, geralmente, atrelada ao CDI (que tem se mantido em 0,1% abaixo da Selic, ou seja, 7,4%).
Por se tratar de um empréstimo, o investidor deve se preocupar com a capacidade de capacidade do banco honrar seu compromisso. Diante disso, quanto maior a credibilidade do Banco, menor será a porcentagem do CDI que ele oferece. De forma análoga, quanto menor a capacidade de crédito do banco, maior é a taxa que o banco oferece para atrair investidores.
Em média, bancos de grande porte remuneram 83% do CDI contra 90% de bancos de médio porte e 96% contra bancos de pequeno porte.
Vale ressaltar que dentro de um mesmo banco, o cliente pode negociar com seu gerente a remuneração do CDI em função do montante aplicado, prazo de operação e outros produtos que tem em sua conta.
Como analisamos estas remunerações?
Para ilustrar, a tabela a seguir simula aplicações de R$ 10 mil considerando um ano considerando o imposto de renda.

Note que a diferença do grande para o médio é de aproximadamente R$ 24 e do grande para o pequeno de R$ 47. Considerando que um cafezinho custa R$ 2,50, será que vale a pena correr o risco de um banco médio por 9 cafezinhos ou em um banco pequeno 19 cafezinhos em um ano para cada R$ 10 mil reais investidos?
Em época de juros baixos, uma pequena diferença do CDI não impacta muito na remuneração.
Fonte:- Folha de São Paulo - por Samy Dana
Post em Parceria com Giovana Carvalho, graduanda em Economia pela FGV-EESP

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