segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Uso do empréstimo consignado para comprar carro rende economia de até 31%

Carlos Motta espera a liberação do consignado para trocar de carro
Foto: Thiago Lontra

Carlos Motta espera a liberação do consignado para trocar de carro

Aproveitar os preços em queda livre dos veículos usados pode render uma economia ainda maior para quem opta por fazer um empréstimo consignado para pagar à vista, em vez de usar o tradicional financiamento pelo Crédito Direto ao Consumidor (CDC).
Uma pesquisa feita pelo EXTRA, usando como base taxas de juros médias de mercado, mostra que a opção pelo empréstimo com desconto em folha — disponível para funcionários públicos e aposentados do INSS — resulta em parcelas até 31% mais baratas na compra.
Quanto menos dinheiro necessário, maior é a diferença entre as duas modalidades. Isso porque, ao contrário do consignado, que não tem nenhuma taxa embutida, usar o CDC gera um gasto extra de cerca de mil reais com as tarifas das financeiras.
O vendedor da Alada Cars, na Intendente Magalhães, Humberto Júnior diz que tem crescido nos últimos meses a venda à vista, com recursos do crédito em folha:
— Os bancos estão mais rigorosos para aprovar o crédito pelo CDC. No consignado, por outro lado, não há esse problema. E ainda há vantagens, como o fato de o carro não ficar alienado: já sai da loja no nome do comprador, porque a venda é à vista.
Desvantagens
O servidor estadual aposentado Carlos Motta, de 51 anos, é um dos interessados em trocar de carro usando essa modalidade de crédito. Ele descobriu, porém, que está sem margem de crédito, por enquanto:
— Daqui a seis meses, estarei liberado para comprar. Optei pelo consignado por ter condições melhores.
Mas, para Luis Carlos Ewald, professor de Finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV), é preciso ter cuidado ao usar o consignado.
— Pode até ter vantagens, mas é importante lembrar que esse dinheiro será descontado do salário todos os meses. Não há como atrasar o pagamento, nem em casos de emergência — ressalta.
Fonte:- Extra - por Ana Paula Viana

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