quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Para FT, Banco Cruzeiro do Sul é história de terror

"Credores crucificados", diz título do texto do veículo econômico britânico

Divulgação
Hebe protagonizou campanha do Cruzeiro do Sul em março de 2011

Hebe Camargo na propaganda da instituição: O FGC informou recentemente que elevou em quase 139% o rombo estimado no Banco Cruzeiro do Sul

“O Banco Cruzeiro do Sul é o tipo de história de terror que todo regulador deveria ter medo”, diz o site do jornal britânico Financial Times (FT) sobre o caso o envolvendo o banco brasileiro. Segundo a publicação, os credores do bancos estão crucificados - trocadilho em alusão ao nome Cruzeiro.
Para o FT, apesar de pequeno e sistematicamente irrelevante, a negligência flagrante cometida nos livros de contabilidade do banco é o tipo de coisa que pode gerar desconfiança em todo um sistema.
O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) informou recentemente que elevou em quase 139% o rombo estimado no Banco Cruzeiro do Sul. Após uma série de ajustes patrimoniais, como, por exemplo, um novo cálculo das provisões para cobrir calotes e processos judiciais, além de créditos consignados fictícios; o prejuízo estimado saltou de um valor inicialmente contabilizado em 1,3 bilhão de reais para 3,11 bilhões de reais.
Com essa nova cifra, o patrimônio do banco, que era de 1,15 bilhão de reais fica negativo em 2,23 bilhões de reais. "Fizemos todo o levantamento possível, trabalhamos exaustivamente na verificação de cada linha do balanço e chegamos a um ajuste total de R$ 3,110 bilhões", disse Celso Antunes, indicado pelo FGC para assumir a direção do Cruzeiro do Sul.
Para cobrir esse buraco, O FGC pagará entre 35 e 60% do valor de face dos papéis que estão na mão de credores, mais capitalização de juros, dependendo do ano de vencimento. Nada mal receber 35% de um bond que vence em 2020, sem garantias, de um banco sob intervenção cuja fraude é estimada em bilhões.
Porém, o "FT" conclui que apesar da periclitante situação dos credores, não motivo para preocupações em relação ao sistema financeiro brasileiro.
Fonte:- Exame.com

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